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O futuro dos salões de beleza tradicionais

Atualizado: 9 de ago. de 2019

Recentemente estava conversando com um grande amigo, excelente profissional na área de visagismo, e me chamou a atenção um trabalho que ele está desenvolvendo atualmente que abrange, entre outras coisas, a personalização da aparência dos robôs a serem utilizados em serviços domésticos.


Essa conversa me fez retomar um pensamento "antigo" sobre o futuro dos salões de beleza, ou ao menos dos profissionais que atuam nos salões hoje em dia.


A internet e a tecnologia como um todo já revolucionaram vários setores da economia moderna. Diversas empresas que já dominaram mercados, hoje sequer existem, ou ao menos perderam e muita sua expressão. Os exemplos são vários, como a Kodak, após o uso das câmeras digitais, as gravadoras após o surgimento dos serviços de streaming de áudio, os táxis depois do advento dos aplicativos, e muitos outros casos.



Na área de beleza e bem estar, não poderia ser diferente. Não estamos blindados. Ninguém está. Hoje já existem os aplicativos que levam os profissionais direto até os clientes, sem a necessidade do salão. Isso é muito útil para pessoas que não se preocupam com a fidelização, mas sim com a disponibilidade de profissionais quando precisam. Redes e franquias investem cada vez mais neste modelo.


Mas a ameaça não acaba por aí. Há alguns anos, em 2010, a Panasonic apresentou um robô que possui 24 dedos para lavar e secar os cabelos dos “clientes”. Segundo seus criadores, o objetivo não é criar um salão high-tech, mas sim auxiliar pessoas com dificuldades ou limitações físicas. O processo todo de higienização dura oito minutos. Neste tempo o robô usa seus sensores para mapear a cabeça em três dimensões, definindo exatamente a quantidade de produto necessária.


Além disso, o equipamento possui dois braços independentes que lançam água, pressionam e massageiam o couro cabeludo. Sinceramente, a ameaça aos "maus cabeleireiros" já começou há alguns anos.



Dois anos depois da apresentação do robô da Panasonic, um outro grupo de pesquisadores apresentou em outro evento, um robô capaz de cortar cabelos. Neste caso o resultado não foi tão bom como o apresentado pelo robô da Panasonic, mas sim, o robô foi capaz de cortar todo o cabelo da "cobaia" durante a apresentação.


Estamos falando de dois robôs aposentados há pelo menos 7 anos. Isso deixa cada vez mais claro que não dá para ficar parado. Se não for neste ano, em breve outros robôs surgirão e passarão aos poucos a realizar as tarefas que hoje são realizadas nos salões de beleza.

Se juntarmos isso com uma infeliz tendência que vivenciamos de uma qualificação profissional cada vez mais precária, certamente em um futuro não muito distante, muitos clientes vão preferir robôs ao invés de profissionais, para a realização de atividades como lavatório, secagem, massagem, manicure, corte, etc.


O único modo de se manter neste cenário como um profissional nesta área, é abandonar a zona de conforto. Inovar, fazer algo que ainda não seja feito. É importante lembrar que os clientes não querem mais ser atendidos de forma padronizada. As pessoas buscam soluções, não buscam mais apenas "serviços" isolados.


Vamos aguardar para ver o que ainda está por vir na nossa área, mas não vamos aguardar sentados. Vamos sim participar da mudança. O visagismo moderno, em busca de uma beleza personalizada, é o primeiro passo rumo a uma nova forma de atuação na área de beleza e bem-estar, mas não é nem de longe o final do trajeto. Muita coisa ainda está por vir.


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